quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Lula, Dilma, contra fatos


A campanha da candidata Dilma Rousseff, à frente o ¨messias¨ Luís Inácio Lula da Silva, alega como motivo para ela não ter obtido a vitória já no primeiro turno uma onda de boatos que se espalhou pelo país, principalmente através da internet, como se nada do que foi dito correspondesse à verdade. Acredito que só os petistas de carteirinha ou não enxergam os fatos ou preferem tapar o sol com a peneira para tratar o povo brasileiro dessa forma, como se fosse um bando de ingênuos.


Vamos por partes.


A batalha pela descriminalização do aborto fez parte da politica do governo, que atuou nessa área sob a coordenação da ministra Nilcea Freire, responsável pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. Em sua gestão foi criada uma comissão tripartite, que reuniu toda as propostas em andamento sobre o tema e preparou projeto de lei ¨consensual¨ já enviado ao Congresso Nacional, descriminalizando o aborto. Não se esqueça, também, que o programa do Partido dos Trabalhadores aprovado pelo presidente Lula e por sua candidata, Dilma Rousseff, que fez a defesa do aborto publicamente pelo menos por duas vezes, contempla o tema como uma de suas prioridades. É tanto que para amenizar o efeito da provável perda de votos no segundo turno fala-se, inclusive, na retirada estratégica desse ponto.


Fato ou boato?


Fez também parte da política de governo o controle social dos meios de comunicação mediante a tentativa de criar o Conselho Federal de Jornalismo com amplos poderes para estabelecer pautas jornalísticas e controles sobre as empresas. Como se não bastasse, o PNDH 3, assinado como decreto pelo presidente Lula, voltou à carga com toda a veemência, sinal que o germe da repressão à liberdade continua sendo veladamente cevado nos corredores do Planalto. É tanto que Lula em seus últimos destemperos contra a imprensa, durante a campanha, brandiu o discurso do controle da mídia como ameaça.


Fato ou boato?


Por sua vez, o PLC 122/06 continua em tramitação no Senado, e, se aprovado dará auspícios legais ao ¨delito de opinião¨, figura que inexiste no campo jurídico por ferir a liberdade de expressão. Quem foi a autora? A então deputada federal Iara Bernardi, do PT, que conseguiu aprovar o projeto na Câmara dos Deputados na calada de uma tarde de quinta-feira sem que os deputados cristãos estivessem atentos. Quem é a relatora, agora, no Senado? Fátima Cleide, do PT, que, felizmente, perdeu em Rondônia a eleição com a metade dos votos do segundo colocado. Mas seria essa uma iniciativa isolada das parlamentares petistas? Veja o que diz o PNDH 3, assinado pelo presidente Lula com o aval da candidata Dilma Rousseff:


¨Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), com base na desconstrução da heteronormatividade (grifo meu)¨.


O que chama a atenção na proposta (repita-se: assinada pelo presidente Lula com o aval da candidata Dilma Rousseff) não é tanto os direitos homossexuais, mas o que está implícito: desconstruir a heterossexualidade como a prática normal do sexo entre os gêneros. E como se fará isso: com a aprovação do PLC 122/06, que penalizará quem expressar-se para considerar a homossexualidade uma prática antinatural.

Fato ou boato?

Consta também do mesmo PNDH 3, assinado pelo presidente Lula com o aval da candidata Dilma Rousseff a seguinte recomendação aos estados e ao Distrito Federal: a criação de Conselhos para a diversidade religiosa (grifo meu) e espaços de debate e convivência ecumênica para fomentar o diálogo entre estudiosos e praticantes de diferentes religiões. Imagine agora as igrejas e outras confissões terem de submeter os seus ritos aos ditos conselhos para poderem exercer o sagrado e livre direito de culto?


Fato ou boato? Julgue você.

fonte
http://geremiasdocouto.blogspot.com

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