O velório do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, morto na quarta-feira (27) de ataque cardíaco, deve terminar às 10h locais - 11h de Brasília pelo horário de verão. Emocionados, os argentinos lotaram os arredores da Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, e chegaram a ficar dez horas na fila para ver o corpo do peronista.
Após o fim do velório, o corpo vai ser levado a Río Gallegos, na província sulista de Santa Cruz, onde ele nasceu e começou sua carreira política, para ser enterrado. A expectativa é que o enterro ocorra por volta do meio dia em uma cerimônia privada da família, com a presidente Cristina Fernández de Kirchner à frente.
Os quarteirões próximos à Casa Rosada estavam lotados de gente, e os argentinos gritavam e cantavam como se estiverem em um jogo de futebol. Os vendedores ambulantes aproveitaram a reunião de gente para faturar.
Cerca de 60 pessoas passaram mal, segundo Guillermo Aielo, que chefiava os atendimentos de emergência.
A maioria dos casos foi queda de pressão, desmaios e dores que ocorreram por volta do meio dia, quando a temperatura superou os 30 graus centígrados.
Cristina apareceu no velório acompanhada dos filhos Máximo, de 32 anos, e Florencia, de 19. Foi sua primeira aparição pública após a morte do marido e parceiro político. Ela se recolheu durante a noite.
Na quinta-feira (28), o velório foi prestigiado pelos principais presidentes latino-americanos: Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), José Mujica (Uruguai), Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Sebastián Piñera (Chile) e Rafael Correa (Equador).
Lula disse que Kirchner, mais que um presidente, "era um companheiro". Ele ressaltou o papel dele no processo de reaproximação diplomática entre Brasil e Argentina.
O craque Diego Maradona também foi ao enterro e, emocionado, deu seu apoio à presidente.
Foto: AP
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