quarta-feira, 1 de setembro de 2010

CASO SERRAMBI PERNAMBUCO

Acusação e defesa seguem a mesma linha de raciocínio com os peritos criminais

Os objetivos são diferentes, mais que isso são opostos, no entanto o 3º dia de julgamento do Caso Serrambi foi marcado pela utilização da mesma linha de raciocínio por parte de acusação e defesa, ao ouvirem os peritos criminais. A juíza Andrea Calado também reservou as mesmas perguntas a Evson Lira, Cristiana Couceiro e Rogério Cláudio Dantas, depoentes desta quarta-feira (01) todos do Instituto de Criminalística (IC), na época.

Confira como foi a cobertura ao vivo do terceiro do julgamento

Tanto a promotoria quanto a defesa se interessaram em saber o tempo de carreira de cada um dos peritos e sobre a reprodução simulada feita com as testemunhas Abedenaldo Barbosa, dono do playtime onde as meninas entraram para ir ao banheiro e a da considerada testemunha chave, Regivânia Silva, que teria afirmado ter visto Tarsila e Eduarda entrando em uma kombi de parachoque verde, como o dos irmãos Marcelo e Valfrido Lira.

Durante o depoimento dos peritos, foi revelado as contradições das testemunhas Abedenaldo e Regivânia Silva. O volume de perguntas sobre o depoimento da Regivânia foi, pela sua importância, muito maior. Enquanto o terceiro último perito, Rogério Cláudio Dantas, prestava esclarecimento, a juíza disse que “a conclusão da perícia é muito subjetiva”, já que as provas ficam no campo do “pode ser como também pode não ser”.

Segundo ela, nos laudos periciais, não há confirmação se houve de fato estupro, se a lâmina de barbear encontrada no local é do mesmo lote da encontrada na kombi, se a cena do crime pode ter sido alterada seis meses depois quando foi realizada a segunda perícia, entre outras ausência de certeza por parte dos peritos. Alguns dos momento importante para a defesa foi quando Rogério Dantas disse discordar da tese que Tarsila pode ter sido estuprada ou não, contida no laudo pericial. Para Dantas “é mecanicamente impossível” alguém estuprar outra sem que a roupa seja retirada do corpo da vítima. A opinião é dada porque Tarsila foi encontrada com um vestido perfurado com por dois projéteis.

Outro momento relevante e anterior ao relatado foi quando o promotor Salomão Abdo questiona a perita Cristiana : "A perícia então não aponta indícios para a autoria do crime? E a resposta dela é; "Não!". Na saída do fórum, Os pais de Tarsila e Eduarda não concordaram que os depoimentos dos peritos enfraqueceram a acusação e sim que contribuíram para ela.

Descanso
A juíza informou no final da sessão que o julgamento de amanhã (02) só começará às 10h para que os jurados descansem.

Por Ana Luiza Machado, do Diario de Pernambuco, direto de Ipojuca

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